terça-feira, 23 de junho de 2009

Resumo: Reino Fungi


REINO FUNGI


O Reino Fungi compreende os organismos eucariontes, heterotróficos que se alimentam de nutrientes absorvidos do meio, com espécies unicelulares e multicelulares formadas por filamentos denominados hifas. São conhecidos popularmente por leveduras (fermento), bolores, mofos, cogumelos e orelha-de-pau.


Existem espécies de vida livre ou associadas (em simbiose) com outros organismos, como por exemplo, os liquens, uma relação harmônica interespecífica de fungos e algas. Contudo, algumas espécies são parasitas, mantendo relações desarmônicas com plantas e animais. A maioria é saprofágica, alimentando-se da decomposição de cadáveres.

É um grupo bastante numeroso, formado por cerca de 200.000 espécies espalhadas por praticamente qualquer tipo de ambiente. Acredita-se que o maior ser vivo existente hoje na Terra seja o fungo Armillaria ostoyae com idade estimada entre 400 e 1000 anos. Os filamentos deste fungo estendem-se por uma área de 6 milhões de metros quadrados, sob o solo de uma floresta norte-americana.

Organização Corporal

Fungos multicelulares são constituídos por filamentos ramificados – hifas. O conjunto de hifas formam o micélio.

Uma hifa é um tubo microscópico que contém o material celular do fungo.
A hifa pode ser:

  • Cenocítica: tubos contínuos sem divisões transversais, preenchidos por uma massa citoplasmática com centenas de núcleos.
  • Septada: apresentam redes transversais (septos) delimitando compartimentos celulares com um ou dois núcleos, dependendo do estágio do ciclo sexual.
Durante o processo de reprodução sexuada de muitas espécies de fungos surgem os corpos de frutificação, dos quais os cogumelos e orelhas-de-pau são os exemplos mais conhecidos.



Classificação do Reino Fungi


A classificação dos quatro Filos obedece a critérios reprodutivos (diferença entre as estruturas reprodutivas), com ciclo de vida em duas fases: uma assexuada e outra sexuada.

Na assexuada formam-se esporos por divisões mitóticas, podendo essa fase se prolongar por indeterminado período em resposta às alterações ambientais, aguardando estímulo para desencadear o início da fase sexuada, por divisão meiótica.

Dessa forma, o Reino Fungi se subdivide nos Filos:


FILO CHYTRIDIOMYCOTA: unicelulares ou filamentosos (hifas cenocíticas). Apresentam flagelos em algum estágio do ciclo de vida. Ex.: Phytophthora infestans.


FILO ZYGOMYCOTA: Hifas cenocíticas. Formam esporos sexuados chamados zigósporos. Sem corpo de frutificação. Ex.: Rhizopus nigricans, um bolor negro do pão.


FILO ASCOMYCOTA: Hifas septadas. Formam esporos sexuados chamados ascósporos, em células especializadas chamadas ascos. Algumas espécies formam corpo de frutificação (ascocarpo ou ascoma). Ex.: Saccharomyces cerevisae (fermento de padaria ou lêvedo de cerveja).


FILO BASIDIOMYCOTA: Hifas septadas. Formam esporos sexuados chamados basidiósporos, em células especializadas chamadas basídios. Algumas espécies formam corpos de frutificação (basidiocarpo ou basidioma). Ex. Agaricus sp. (champignon).




Importância dos Fungos

- Os fungos, juntamente com as bactérias do solo, fazem a decomposição de cadáveres de aimais e de plantas. Nesse papel de decompositores da cadeia alimentar, eles permitem a reciclagem dos elementos químicos que constituem a matéria orgânica.

- São utilizados na fermentação do pão e na produção de bebidasalcoólicas. Além disso, eles emprestam um sabor característico aos queijos roquefort, camembert, gorgonzola entre outros, sem falar na utilização de fungos diretamnte na alimentação, como é o caso dos famosos champignons.

- Têm importância médica pois podem causar doenças no homem, nos vegetais e nos animais. As doenças causadas por fungos recebem o nome de micoses. As principais micoses humanas são: o sapinho, a frieira e as micoses de pele. Nos vegetais os fungos podem causar doenças como: a "ferrugem" e o "carvão".


- Ainda temos os fungos do gênero Penicillium, que são empregados na fabricação de antibióticos naturais.

Por que cresce a massa do pão?

O fermento biológico é um tipo de fungo utilizado desde a Antigüidade na produção de pães e bebidas alcoólicas. Somente com o uso do microscópio verificou-se que o fermento é constituído de seres vivos, unicelulares que se produzem por esporos e brotamento.

O fermento colocado na massa do pão alimenta-se dela e produz gás carbônico. Com a formação de bolhas de gás carbônico no interior da massa, esta aumenta de volume e se torna porosa, originando um pão macio.

A técnica de produção de bebidas alcoólicas é semelhante. O fungo presente no caldo da cana, no suco da uva ou em outro líquido açucarado ituliza o açúcar como alimento e realiza sua fermentação. Nesse processo são liberados gás carbônico e álcool. Assim, do suco de uva produz-se vinho e do caldo de cana produz-se cachaça.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

VOCÊ SABIA?

Refrigerante à base de cola murcha os músculos

Bebida leva a perda de potássio, mineral envolvido nas contrações


Você consegue reduzir o açúcar, maneira nas gorduras e até regula o horário das refeições. Para completar, vence a preguiça e começa a fazer exercícios, incluindo a musculação. Mas abandonar o refrigerante é tarefa quase impossível, e uma latinha é sua opção número para matar a sede. Pois saiba que, mesmo tomando as versões light ou zero, a bebida pode prejudicar e muito! os resultados do seu treino.

Doses diárias de refrigerantes à base de cola fazem seus músculos murcharem, segundo uma pesquisa que acaba de ser publicada na revista de Prática Clínica, no Reino Unido. Segundo os médicos, isso acontece porque a bebida provoca a eliminação excessiva de potássio pelo organismo, mineral envolvido em todos os processos de contrações musculares.

O problema torna-se crônico quando o consumo atinge dois litros por dia. Nesses casos, os pacientes precisam de suplementação oral ou venosa para repor o mineral perdido, além de interromper totalmente a ingestão do refrigerante.

E não é só nos músculos que o prejuízo dos refrigerantes pode ser sentido:

Nos dentes: a bebida provoca o que os dentistas chamam de erosão ácida, ou seja, o desgaste dos minerais que compõem o esmalte dos dentes. "O refrigerante em excesso pode gerar muita sensibilidade, além de possibilitar fraturas, já que o dente fica mais fino e sem proteção", explica o dentista Lauro Delgado.

Na digestão: o refrigerante dilata seu estômago, fazendo você comer mais do que precisa se sentir satisfeito. Com o excesso, a digestão demora e a dieta acaba prejudicada. "As calorias dos refrigerantes são vazias e devem ser evitadas", afirma a nutricionista do MinhaVida, Roberta Stella.

No hálito: por aumentar a acidez do estômago, o refrigerante pode levar a gastrites e úlceras. Além da dor que essas doenças provocam, há o desconforto social de ter de conviver com o mau hálito.

RETIRADO DO SITE: http://yahoo.minhavida.com.br/

domingo, 7 de junho de 2009

ALGAS


- vivem no mar, em água doce e sobre superfícies úmidas.

- são unicelulares ou multicelulares (formam filamentos, lâminas ou estruturas compactas semelhantes a caules e folhas de plantas terrestres).

- o corpo se chama talo.

- Classificação se dá quanto ao pigmento presente nos cloroplastos.

Todo cloroplasto apresenta clorofila a (para a fotossíntese) e mais um ou dois tipos de clorofila acessória (b, c e d).

- maioria com parede celular (quase todas apresentam celulose combinadas com agar, carreginina, carbonato de cálcio e outras).

- algas microscópicas juntamente com protozoários, larvas e microcrustáceos formam o plâncton.


ALGAS UNICELULARES

FILO CHRYSOPHYTA (CRISOFÍCEAS OU ALGAS DOURADAS)

- maioria das espécies é unicelular; são marinhas e de água doce.

- cor varia do dourado ao marrom-amarelado.

FILO EUGLENIPHYTA (EUGLENÓIDES)

- unicelulares livre-natantes, maioria de água doce.

- não possuem parede celular; apresentam dois flagelos (um curto e um longo).

- presença de estrutura capaz de perceber a luminosidade – ocelo ou estigma.

- presença de vacúolo contrátil que elimina o excesso de água que entra na célula por osmose.

- cor verde (quando há cloroplastos presentes).

- fazem fotossíntese em ambientes iluminados, em ambientes escuros ingerem partículas de alimento por fagocitose.

FILO DINOPHYTA (DINOFLAGELADOS)

- unicelulares, vivem no mar (maioria). Exemplo: Noctiluca sp. (responsável pelo curioso fenômeno da bioluminescência do mar.

- possuem dois flagelos para locomoção.

- algumas espécies vivem dentro de células de protozoários e animais marinhos (cnidários, platelmintos e moluscos).

- diversos dinoflagelados são responsáveis pelo fenômeno conhecido como Maré Vermelha (aumento descontrolado de algas colorindo a água de tons marrom-avermelhado liberando substâncias tóxicas que causam a morte de peixes e outros animais marinhos e eventualmente humanos).

REPRODUÇÃO DAS ALGAS

Assexuada:

- divisão binária

IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA E ECONÔMICA

  • PLÂNCTON: composto de bactérias fotossintetizantes, algas, protozoários, larvas de diversos animais, microcrustáceos, etc.
O plâncton se divide em:

- Fitoplâncton: algas e bactérias fotossintetizantes


- Zooplâncton: seres heterotróficos que se alimentam do fitoplâncton.

O fenômeno da maré vermelha



A proliferação de micro-algas dinoflageladas com pigmentação avermelhada.

O fenômeno Maré Vermelha é provocado pelo desequilíbrio ecológico resultante da excessiva proliferação da população de certas algas tóxicas, principalmente as dinoflageladas Gonyaulax catenela.

Contudo, a ocorrência desse evento não condiz com sua denominação, visto que a coloração da água na superfície do mar pode variar, e para dissociar tal acontecimento natural à pigmentação, comumente avermelhada, mas também com tonalidade marrom, esse pode ser denominado, com mais coerência, por apenas “floração de algas nocivas”.

As causas relacionadas a esse acontecimento são as seguintes: alteração na salinidade, oscilação térmica da água e excesso de sais minerais decorrentes do escoamento de esgoto doméstico nas regiões de estuário, alterando as condições abióticas da zona pelágica (de 0 a 200 metros de profundidade), conseqüentemente afetando o comportamento das espécies planctônicas.

A acelerada reprodução e aglomeração das algas dinoflageladas, com proporcional extenuação (morte) das mesmas, desencadeiam um efeito catastrófico na fauna aquática local, liberando substâncias tóxicas em alta concentração, capaz de envenenar a água e os organismos ali viventes, por exemplo, a morte em larga escala de peixes e moluscos. Em geral, os organismos filtradores são os mais atingidos.

Outro aspecto evidente é o bloqueio efetuado pela camada de algas, impedindo a incidência e passagem de luminosidade, atenuando o processo fotossintético com diminuição dos níveis de oxigenação da água.

No ser humano pode causar danos à saúde (diarréia, problemas respiratórios e circulatórios), caso seja contaminado pelas toxinas ingeridas através do hábito nutricional, com acúmulo de substâncias nocivas em tecidos de animais marinhos (ostras, camarões e peixes) que servem de alimentos ao homem. Além de prejuízos econômicos, relativos à produtividade pesqueira.

Por Krukemberghe Fonseca

Texto sobre a Maré Vermelha foi retirado do site:


http://www.brasilescola.com/biologia/mare-vermelha.htm