quinta-feira, 21 de março de 2013

3º Ano - 1ª Lei de Mendel

Oi galera!

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Beijokas!!!

segunda-feira, 4 de março de 2013

Larvas e machucados

Feito Vicente! Achei um artigo bem interessante sobre larvas que limpam ferimentos. Leia:


Larvas como assistentes do cirurgião
Tratamento de feridas crônicas
Martin Angelstein
“Elas estão com fome — isso é muito bom”,
diz Heinrich Licht satisfeito quando estão lhe colocando 
200 larvas na ferida exposta no pé. 
Para quem não está acostumado é difícil presenciar esta cena
e é difícil imaginar que assim se inicia 
um tratamento médico eficaz.

As larvas da mosca Lucilia sericata (um tipo de mosca-varejeira) gostam exatamente daquilo que causa um problema na ferida: o tecido morto que não cicatriza. Essas larvas não possuem pequenos dentes. Elas liberam uma enzima que prepara o seu “alimento” e ainda acaba com bactérias resistentes a antibióticos. A ferida com os “inquilinos vivos” é coberta com gaze.

O paciente Heinrich Licht da cidade de Bad Hersfeld, na Alemanha, afirma: "Sinto uma coceguinha, mas não sinto dor". Ele tem 79 anos e no pé direito sobram apenas dois dedos. Há 10 anos ele sofre de uma doença arterial que causa abscessos graves e quase lhe custou a parte inferior da perna. “Teriamos que amputar a perna até o joelho”, confirma o cirurgião, Uwe Kamm. Após o tratamento bem sucedido com as larvas, o paciente consegue andar sem problemas e a ferida entre os dedos do pé está praticamente fechada.

Esta terapia especial para a “limpeza de feridas” também está sendo praticada há dois anos na Universidade de Jena. O professor catedrático da clínica dermatológica, Uwe Wollina explica: "As larvas limpam a ferida de maneira bio-cirúrgica, sem ferir partes saudáveis”. Ele confessa: “O maior problema para os pacientes e também para os meus colegas era, inicialmente, superar a repugnância. Porém do ponto de vista médico, a terapia Maggot é, em muitos casos, o procedimento mais cuidadoso”.

As larvas da mosca varejeira são cultivadas livres de germes em um laboratório de Stuttgart. Em comparação com o método tradicional de limpeza da ferida com bisturi e do combate à infecção com medicamentos realizam o seu trabalho totalmente sem dor e sem efeitos colaterais. “As larvas trabalham de maneira altamente seletiva, assimilando somente tecidos mortos, sem mexer nas partes saudáveis”, diz o professor Wollina. Como nos tecidos mortos não há mais fibras nervosas, o paciente não sente nada — eventualmente um pouco de cócega quando uma larva atravessa sobre tecido intacto. Após três ou quatro dias é efetuada a troca do curativo e das larvas. As larvas — de apenas 2 a 3 mm da mosca varejeira verde cintilante — aumentaram seu volume corporal agora em 10 vezes.O tratamento demora de 2 a 6 meses e pode ser aplicado no ambulatório.

Evidentemente não se pode aplicar a terapia Maggot em qualquer caso. A aplicação destes “bio-cirurgiões” é contra-indicada quando há uma abertura corporal perto da ferida ou no caso de ferimentos agudos. É muito indicada para feridas crônicas, como abcessos nas pernas do diabético ou escaras (feridas crônicas, abertas no paciente que fica longos períodos deitado).

Como outros métodos de cura que já caíram no esquecimento, o tratamento de feridas com a larva Lucilia sericata não é nenhuma invenção da atualidade. Durante a guerra de recessão norte-americana, os médicos nos campos de batalha observavam que os feridos deitados a céu aberto apresentavam uma cura surpreendentemente rápida, depois que moscas varejeiras haviam posto seus ovos nas feridas. Também na 2ª Guerra Mundial os médicos usaram esse método com sucesso. Somente no decorrer do desenvolvimento dos antibióticos a terapia com a ajuda das larvas foi esquecida.
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Fonte: AP / TA
Acesso: 04/03/2013


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